Eu sei la da onde surgiu essa minha insistência com Incubus. Apenas reconheci o que já tinha de mim ali, nas melodias e nas letras.
Um contratempo, uma explosão, uma agressividade e fragilidade, todo o carinho e a busca da melhora, os fatos que acontecem que não parecem grandiosos mas que representam muito no final do dia, um olhar observador. É sobre isso a música desses caras e é sobre o jeito que eu encaro a vida.
E ontem 07/12/13 houve a terceira apresentação deles no Brasil. Após ter visto duas vezes sóbrio, resolvi dessa vez encarar não como um show, mas como uma experiência.
No meio do show do O Rappa que antecedeu para eles, eu já estava num estagio de felicidade em que normalmente eu não me encontro. Então um a um foram entrando no palco e aos poucos eu fui me desligando do mundo ao meu redor. Foquei apenas no palco. Os sentidos já estavam cada vez mais aguçados. Já não existia mais multidão do meu lado, não conseguia prestar atenção em mais nada além da apresentação e tudo o que eu sentia. E não era pouco o que eu estava sentindo, eram todos os pedaços do meu corpo, as luzes do palco muito bem sincronizada com as músicas que dançavam no meio da garoa que só São Paulo pode proporcionar, o vento que acariciava o rosto a todo momento de euforia. O som limpo, alto que rebombava dentro do peito.
Não, não estou exagerando na descrição, pode parecer comum ou normal para quem estava de fora dessa comunhão com o momento mas eu sentia cada batida, enchia meus olhos todo aquele movimento no palco e a forma como a banda também levava a sério aquela apresentação, era muito comprometimento com todos os sentidos envolvidos, eu realmente consegui entrar na vibe de cada música, e em especial o Brandon que dançava de acordo, eu não era o único que estava sentindo daquela maneira. O admiro por conseguir sentir tudo isso todo show, e sóbrio.
Eu realmente estava ligado apenas em sentir tudo, todos os sentidos em comunhão, era só coisa boa saindo e chegando em mim. Foi uma experiência surreal.