Era inverno e eu ainda não era alérgico a poeira, jornal, carpete, pelos e derivados.
Era um cobertor pesado, degrade: do azul petróleo ao verde médio.
Entre minha cama e a do meu irmão havia uma janela. Delicadamente minha mãe entrava no quarto e abria uma pequena fresta, nos dando beijo de bom dia e falando para a gente ir acordando.
Eu fazia questão dos 5 minutinhos, mas ficava acordado. Aconchegado no calor que o cobertor de inverno proporcionava, com apenas um olho semi aberto para observar a dança dos ácaros e dos pelos no faixe de luz natural da manhã que adentravam o quarto.
Milhares de pontinhos furta cor que só existem no limite da luz projetada pela janela pouco aberta, nos dias especiais de tirar aqueles cobertores do guarda roupa.
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