11 janeiro 2013

I gotta a need to feel, so I shake it

Acho que eu nasci pra fazer memórias a algo perene. Memórias que guardamos com carinho são sempre bonitas, alegres, cheias de vida. O cérebro ignora o que foi ruim e deixa as partes boas, que são as que importam.
A vida é cheia de ciclos, começa um com o fechamento de outro. Adiciona situações e pessoas durante. Levamos sempre para o próximo o aprendizado e os sentimentos que nos satisfazem. Mas tudo, sempre, tem um fim. O ciclo pode durar décadas, meses ou horas dependendo do contexto, mas ele se encerra.
Gosto de achar que sou o diretor, que faço cenas bonitas para a minha vida, como se fosse episódios rumando pra season finale. Tem que ter um clímax, não podemos adiar para a próxima temporada a parte que nos faz querer vomitar, chorar ou sair correndo. Se a temporada não está boa, não há renovação de contrato.
Minha vida tem esse padrão, sempre teve. Não é proposital, é meu estilo de viver que eu nunca me dei conta. Tento fugir, tento mudar ou me adaptar, mas acabo sempre me odiando por não estar sendo eu.
É tosco e infantiloide porém funcionou até agora.


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