02 julho 2014

this is not a place for playing solitaire

To fazendo da empatia um exercício diário. Chego no meu quarto esgotado, como se tivesse treinado para um campeonato. Não é que eu não me importo, apenas não consigo sentir um fluxo contínuo de troca com quase ninguém. Eu falo, ninguém se interessa. Alguém começa a falar e a maior parte do que ouço, julgo como banal e fico querendo me retirar logo do ambiente. Arranjo qualquer desculpa: sede, vontade de ir ao banheiro ou checo algo no celular. Olhar nos olhos é como se os perfurassem com canivetes, simplesmente passou a ser um incomodo ter esse contato - que para mim, não está acontecendo. Me forço e esforço para não ficar sozinho, tentar manter algo vivo, perguntar como foi o dia e se a pessoa está bem. Há raras exceções de relacionamento, porém as que restaram sentem o afastamento inevitável.



This is my time
This is my tear
I can see clearly now
That this is not a place
For playing solitaire